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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO TOCANTINS – UNITINS CURSO: Administração DISCIPLINA: Economia e Mercados Globalizados PROFESSORES: Marcos Antonio Dozza Raimundo Casé Viviane Araújo Leal DEU NA IMPRESSA. CONSUMIDOR QUER GASTAR MAIS
São Paulo, quinta-feira, 24 de agosto de 2006
Consumidor quer gastar mais, diz pesquisa Metade dos entrevistados em 9 regiões metropolitanas diz ter boa as perspectivas para emprego e finanças neste semestre Disposição para as compras é reflexo do aumento da renda, da inflação menor e de taxas de juros em queda, afirmam especialistas FÁTIMA FERNANDES DA REPORTAGEM LOCAL O consumidor brasileiro está mais animado quanto às perspectivas de consumo e emprego neste semestre do que estava no início do ano. Entrevista com mil pessoas feita pela Ipsos, entre os dias 26 e 31 de julho deste ano, a pedido do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), mostra que 50% delas prevêem situação melhor para emprego e finanças neste semestre. De janeiro a junho deste ano, as condições de emprego e dinheiro foram boas para 27% e 24%, respectivamente, do total de entrevistados em nove regiões metropolitanas do país. Quanto às compras, 53% dos consumidores têm perspectivas positivas para este semestre. De janeiro a junho deste ano, 33% afirmaram que a situação era boa para o consumo. "Esse ânimo tem a ver com a previsão de que a política econômica do país, que vai bem, não vai mudar com a eleição", afirma Emílio Alfieri, economista da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). O consumidor está mais animado, segundo avaliação de economistas, porque tem mais dinheiro no bolso e ainda está com as dívidas sob controle. Isso é reflexo da alta do rendimento do trabalhador, da inflação baixa, de taxas de juros em queda e de uma taxa de câmbio mais favorável aos importados. Há pelo menos seis meses, a massa real de salários anualizada cresce em torno de 5%, segundo cálculo de Fábio Silveira, sócio-diretor da RC Consultores. "O aumento do salário mínimo [de 16,6%] e a queda de preços de alguns produtos também dão
gás ao consumo." Em julho de 2005, uma pessoa que recebia R$ 300 de salário mínimo e adquiria uma cesta básica, no valor de R$ 213,15, segundo cálculo do Procon, ficava com uma sobra de R$ 86,85. Em julho deste ano, essa pessoa, que recebe R$ 350 de salário mínimo por mês e paga R$ 198,12 pela cesta básica, fica com uma sobra de R$ 151,88. "A sensação que dá é que a confiança do consumidor na economia nunca esteve tão boa. Há oscilações de um mês para outro, claro, mas parece que o consumidor está vendo ainda que a possibilidade de perder o emprego está se reduzindo", afirma Roberto Padovani, sócio-diretor da Tendências.
Vendas A Associação Comercial de São Paulo informa que as vendas no comércio de São Paulo neste ano estão cerca de 5% maiores do que as de igual período de 2005. E a inadimplência está em torno de 5% [bateu em 20,2% em abril de 1999] -de cada 100 carnês emitidos hoje, 5 são pagos com atrasos superiores a 30 dias. "O consumo subiu e a inadimplência está controlada. Vamos esperar passar a eleição para ver se essa situação vai ou não se manter", diz Alfieri.
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