EDUCAÇÃO DO DOENTE
A FibromialgiaManual prático para o doente – II Parte
Rui Leitão**Assistente Hospitalar de Reumatologia do IPRInstituto Português de Reumatologia
ResumoCom cada vez maior frequência, os médicos são con-An extensive description of coping strategies and mostfrontados com perguntas colocadas pelos doentes, àcer-important therapeutic measures is done and the patient’sca da sua doença, pelo que têm obrigação de estaractive role in disease’s management is emphasized. Thepreparados para explicar, em termos simples mas sem fal-text is also intended to be read by the patient’s partnertar à verdade, em que consiste a afecção, como se tratae de que forma pode condicionar o futuro do doente. Esteinteresse dos doentes, não pode deixar de ser saudadoTratamentos sob a responsabilidadedado que é hoje sabido que os indivíduos conhecedoresda sua doença, enfrentam-na de forma mais apropriada,convivem melhor com os seus sintomas, consomem menosFármacos recursos de saúde e têm melhor qualidade de vida e me-Os anti-inflamatórios são os medicamentos mais fre-O presente texto pretende ser um guia prático para oquentemente prescritos aos doentes com fibromialgia,doente com fibromialgia. Aborda os principais problemaspara alívio da dor. No entanto, é frequente que duranteencontrados por estes doentes durante as suas activida-as crises de agravamento da doença, sejam pouco oudes profissionais e de lazer. São ensinadas as principaisnada eficazes. Por isso, é comum receber doentes que jáestratégias de adaptação à doença e descritas as medi-tomaram uma longa série de anti-inflamatórios diferen-das terapêuticas mais utilizadas. A importância de o doen-tes, receitados por vários médicos a quem recorreram,te desempenhar um papel activo no seu tratamento, é en-não tendo obtido qualquer alívio com essa medicação.fatizada. O texto é também apropriado para ser lido peloIsto deve-se ao facto de que os anti-inflamatórios nãoparceiro do doente ou outros membros da família. interferem nas vias de transmissão e processamentocentral da dor, onde realmente se processam os meca-nismos de agravamento e perpetuação desta.To ask questions about one’s disease, is increasingly ta-Então porque são tão utilizados na fibromialgia, os anti-king part in most of today’s patient/doctor relationships.-inflamatórios? Porque desde que estes medicamentosIn fact, Knowing the disease, including available treat-foram descobertos e começaram a ser utilizados, e se re-ments and prognosis, is generally being recognized as anvelaram tão eficazes a tratar muitas dores de origem ós-important factor in a disease’s successful management.sea e articular, passou a ser uma norma de prática clíni-Doctors must be prepared to answer their patient’s ques-ca, a sua prescrição quase automática em todas astions and explain, in simple terms, how they can face theirdoenças dolorosas que se presumem de origem óssea,diseases and cooperate in it’s treatment.articular ou muscular. Muitas vezes são adquiridos direc-The present text aims to be a patient’s guide to fibro-tamente pelo doente, ao balcão da farmácia, sem a cor-myalgia. It deals with the most important problems facedrespondente receita médica, e, de forma gravosa, semby patients in their work and during their leisure hours,que antes tenha sido investigado pelo médico assisten-be it physical demands or social and personal interactions.te, se a causa da dor é susceptível de ser tratada pormam regularmente. No entanto, muitos dos doentes me-No entanto, há muitas situações em que os doentes comdicados com estes fármacos, não têm uma depressãofibromialgia podem beneficiar pelo tratamento com anti-que justifique terapêutica farmacológica. Nestes casos,inflamatórios. Estão neste caso todos os doentes queos antidepressivos são prescritos porque têm tambémapresentam situações de tendinite (inflamação de ten-uma acção analgésica, facilitam a indução do sono edões musculares), bursite (inflamação dos tecidos molespermitem obter um efeito de relaxamento muscular, queem torno das articulações) ou agravamentos das dorestambém contribui para diminuir a intensidade da dor.de artrose, tudo situações dolorosas que, como já vi-Os doentes que têm uma depressão grave, devem sermos, podem descompensar uma fibromialgia e desenca-enviados ao Psiquiatra que escolherá a terapêuticadear uma crise dolorosa generalizada intensa, se nãoantidepressiva que julgar mais aconselhada. Quando seforem rapidamente tratadas. Dado que as situações des-procura apenas a acção analgésica dos antidepressivos,critas caracterizam-se pela existência de inflamação noparece claro que alguns fármacos do tipo dos antide-local da dor, o que não acontece nas dores muscularespressivos conhecidos como inibidores da recaptação da
características da fibromialgia, podem ser tratadas com
serotonina, poderão ter uma eficácia analgésica supe-sucesso, por um anti-inflamatório. rior, nomeadamente a venlafaxina (Efexor®), a nefazodo-
A indevida utilização de um ou mais anti-inflamatóriosnum doente cujas dores são exclusivamente devidas àMuitos doentes tendem a aceitar mal a prescrição defibromialgia, e a consequente persistência das doresantidepressivos, com medo de vir a «habituar-se» ao fár-apesar da toma destes fármacos, levam muitas vezes osmaco e tornar-se dependentes dele. Com os novos fár-doentes a concluir que a sua situação clínica é muitomacos acima mencionados, esses receios são infunda-grave, chegando a afirmar «já experimentei muitos
medicamentos e não há nada que me melhore», o queA eficácia analgésica destes medicamentos deve-se àcontribui acentuadamente para o seu desespero e temorsua acção sobre várias moléculas que na medula e nocérebro, são responsáveis pela transmissão da sensaçãodolorosa. Alguns dos novos fármacos actualmente emestudo para futuramente vir a tratar a fibromialgia, sãoEstes fármacos são geralmente encarados como tendoderivados destes antidepressivos, que foram modifica-um fraco efeito analgésico. No entanto, é frequente quedos para que a acção antidepressiva seja menor e aos doentes com fibromialgia obtenham mais alívio comos relaxantes musculares do que com outros analgésicosOs antidepressivos mais frequentemente utilizados namais potentes, nomeadamente os anti-inflamatórios. Ofibromialgia ainda são os derivados da amitriptilina
problema da sua utilização deriva dos efeitos adversos(ADT®, Triptyzol®, Surmontil®), que para além de umque podem provocar, como por exemplo sensação demodesto efeito analgésico, têm alguma eficácia no trata-boca seca, sonolência, dores de cabeça e tonturas. Istopode ser evitado se o doente durante os primeiros diastomar uma dose mais baixa, que será progressivamenteaumentada até à dose considerada eficaz. Se o doenteO tramadol (TramalR) é um opiáceo fraco, bastante uti-realizar uma toma ao deitar, a sonolência provocadalizado no tratamento da fibromialgia, doença em quepelo medicamento pode ser benéfica, dado que permitedemonstrou ter uma eficácia modesta mas real. Emborauma noite de sono mais profundo, ao contrário do ha-seja considerado um medicamento seguro, muitos doen-bitual sono sobressaltado e de má qualidade.tes referem durante os primeiros dias de administração,O efeito analgésico destes medicamentos, na fibromial-dores de cabeça, náuseas, tonturas, etc. Normalmentegia, deve-se à sua acção directa de relaxamento dasconseguem-se evitar estes sintomas se o doente come-fibras musculares, que estão frequentemente contraídasçar por tomar durante alguns dias, uma dose baixa, quee também a uma acção benéfica sobre as vias de trans-depois se sobe progressivamente até alcançar a doseporte e processamento da dor do Sistema Nervoso, queAlguns anti-epilépticos são ocasionalmente prescritos adoentes com fibromialgia sem epilepsia, porque exercemalguma acção sobre as vias nervosas e as substânciasUm antidepressivo faz habitualmente parte do conjuntoque são responsáveis pela formação da sensação dede medicamentos que os doentes com fibromialgia to-dor. Estes medicamentos estão longe de ser eficazes emtodos os doentes, mas poderão ser muito úteis em mui-tes. O frequentíssimo «sindroma do túnel cárpico», umatos casos de fibromialgia, num ou outro periodo da vidacompressão nocturna do nervo mediano por «inchaço»do doente. Pertencem a este grupo a gabapentina (Neu-
dos punhos, responsável pelo aparecimento de «pica-
rontin®) e a carbamazepina (Tegretol®), por exemplo.das» e «formigueiros» dos dedos das mãos que acor-Muitos doentes encontram grande alívio com analgési-dam os doentes durante a noite, deve ser tratado rapi-cos menores, muitos deles vendidos sem receita médica,damente, para que o doente deixe de acordar por essacomo o paracetamol. Não há razão para que não con-tinuem a utilizá-los, desde que informem disso o seuAlguns doentes podem conseguir melhorar a qualidademédico e tenham o cuidado de não ultrapassar dosesdo seu sono, recorrendo a medicamentos como os anti-seguras. No caso do paracetamol, a dose máxima acei-depressivos ou os indutores do sono, embora o medotável é habitualmente de 4 gramas por dia (8 comprimi-de adquirirem habituação ou os efeitos secundáriosdestes medicamentos, levem muitos a abandoná-los. Outra alteração do sono frequente nos doentes comTratamento de alterações do Sono fibromialgia é designada por sindroma das pernas in-
Como já vimos, é muito frequente encontrar nos doentes
quietas. É descrita pelos doentes como uma estranha ecom fibromialgia, perturbações do sono. Assim, mais dedesagradável sensação nos membros inferiores que os90% dos doentes descrevem o seu sono como sobres-obriga a mexer, massajar ou esticar as pernas parasaltado, pouco profundo e, sobretudo, não reparador.obter algum alívio, que é geralmente temporário. EsteMuitos doentes referem espontâneamente que «acordamdesconforto pode dificultar o adormecimento do doente.mais cansados do que quando se deitaram» e muitos jáO tratamento é fácil de realizar recorrendo a uma pe-compreenderam que a intensidade das dores e da fadi-quena dose de medicamentos como a L-Dopa/Carbido-ga sentidas no dia seguinte, estão relacionadas com aforma como dormiram na noite anterior.A apneia do sono é uma perturbação que se encontraPara que o tratamento do doente com fibromialgia pos-numa pequena percentagem de doentes fibromiálgicossa ser eficaz é indispensável investigar as perturbações(em cerca de 15% das mulheres e 25% dos homens) quedo sono existentes em cada indivíduo e tratá-las conve-exige um tratamento mais especializado. Pode passarcompletamente despercebida ao doente e, muitas ve-A implementação de algumas medidas muito simples,zes, é o cônjuge que a detecta. Deve-se suspeitar dapode contribuir para que o sono passe a ser de boa qua-sua presença em doentes que ressonam ruidosamente.lidade. Uma primeira regra é adquirir o hábito de deitarNormalmente é o cônjuge que repara que o doente,e acordar a horas certas. Para que o adormecer seja fa-durante o sono, tem paragens prolongadas da respi-cilitado, a discussão em torno de assuntos mais polémi-ração, após as quais acorda subitamente, muito aflito,cos ou que sejam fonte de preocupação para o doente,faz uma inspiração profunda e volta a adormecer. Estesbem como a ingestão de café, álcool ou chocolate,episódios repetem-se muitas vezes durante a noite edevem ser evitadas à noite. A hora de deitar deve serdeixam o cônjuge muito preocupado, com medo que oplaneada tendo em mente que a maior parte dos adul-doente possa morrer durante o sono. Estes doentes têmtos necessitam de 8 horas de sono, embora haja umamuita sonolência durante o dia, e adormecem muitocerta variabilidade em torno deste ponto. O exercíciofacilmente em qualquer lado onde estejam. físico, mesmo o aeróbico, deve ser reservado para oO tratamento da apneia do sono implica que o doenteperiodo do dia em que a energia do doente está maispasse a dormir com máscara de oxigénio por onde re-presente (das 11 da manhã às 3 das tarde), o que desdecebe continuamente durante a noite, uma pequenalogo o afasta da hora de dormir. O controle dos ruídosquantidade deste gás. No entanto, para resolução totalno quarto, incluindo os de um cônjuge que ressona, umadesta anomalia, o doente pode vir a necessitar de umacausa frequente de «mau dormir», deve ser realizado,cirurgia para remover obstáculos à respiração (amígda-mesmo que isso implique que os membros do casal pas-las, úvula, adenóides, etc) ou então, passar a usar umasem a dormir em quartos diferentes. A utilização de tam-prótese dentária, que mantém o maxilar inferior em po-pões de ouvidos ou de uma venda para os olhos, é umasição avançada durante o sono, facilitando assim amedida alternativa que muitos acharão aceitável. O usode métodos de relaxamento, a praticar antes de adorme-Esta é mais uma razão para evitar a ingestão de bebi-cer, embora pouco comum no nosso país, pode serdas alcoólicas próximo da hora do deitar. Enquanto aaprendido em ginásios e outras instituições semelhan-apneia do sono não for resolvida, deve ser evitada atoma de medicamentos para dormir, dado que estes ten-vem ser harmoniosamente distribuídas ao longo do diadem a deprimir o funcionamento dos músculos respi-ou de vários dias, de forma a que o doente consiga terratórios, o que pode agravar a situação. alguma actividade produtiva em cada dia, mas semultrapassar a sua capacidade física, isto é, sem atingir asensação de fadiga. Isto pode implicar modificações noComo já vimos, muitas crises de fibromialgia são desen-seu dia-a-dia, como sejam, distribuir a roupa a passarcadeadas por contracturas musculares dolorosas,ao longo de vários dias da semana, confeccionar apenasdesignadas por sindromas miofasciais. Também já sabe-uma refeição grande por dia (almoço ou jantar) e utilizarmos que estas contracturas musculares devem serprodutos pré-confeccionados ou alimentos mais ligeirostratadas o mais rapidamente possível para evitar que asnas restantes, aspirar apenas uma parte da casa em ca-dores se «espalhem» para todo o corpo, surgindo assimda dia, etc. O doente não deve comparar a sua activida-uma crise de fibromialgia, que poderá prolongar-se du-de actual com a que tinha há anos atrás, o que lhe po-rante muito tempo. Daí que o aparecimento de um sin-derá trazer uma sensação de incapacidade, uma vez quedroma miofascial num doente fibromiálgico, embora nãoessa comparação tenderá a ser desfavorável em relaçãoponha a vida em risco, deva ser considerado uma ur-à sua situação actual. No entanto, não deve esquecer-sede que durante muitos anos, a sua actividade física foi,Para tratar estes sindromas é essencial localizar no inte-provavelmente, demasiado intensa e só foi possívelrior dos músculos contraídos, os pontos onde se originagraças a muito sacrifício pessoal e em detrimento de ou-a dor (pontos-gatilho) e tratá-los rapidamente. A princi-tras formas de utilizar o seu tempo, que certamente lhepal medida terapêutica é a injecção desses pontos comdariam mais prazer e necessitariam de menos esforçoum anestésico local que, ao retirar a dor, permite que odoente volte a conseguir movimentar o seu músculos,Alguns antidepressivos, para além de serem úteis nofazendo assim desaparecer a contractura muscular. Estacontrole das dores e na melhoria das perturbações psi-injecção, desde que feita por um médico experimentado,cológicas, podem também reduzir a fadiga. não é dolorosa e alivia quase imediatamente a dor dodoente.Tratamentos futuros Se o doente atribuir o aparecimento do sindroma mio-Num futuro muito próximo, os novos conhecimentos quefascial a um traumatismo, a um esforço demasiadose estão a adquirir àcerca das causas do aparecimentogrande, a uma posição corporal defeituosa (ler sentadoda fibromialgia, vão permitir que se desenvolvam novosna cama, posição de trabalho ao computador, etc), a ummedicamentos, muito mais eficazes, para combater estamovimento ou gesto súbitos ou a outro acontecimentoqualquer, deve evitar voltar a expor-se a uma situaçãoEntretanto, alguns fármacos que actuam ao nível do cé-idêntica, dado que pode desencadear um novo sindro-rebro, recentemente desenvolvidos para tratar outrasdoenças, já demonstraram ser também eficazes na fibro-mialgia, porque actuam nas vias cerebrais da dor. EstãoTratamento da fadiga neste caso, medicamentos desenvolvidos para combaterA fadiga é um dos sintomas mais característicos da fi-as náuseas e os vómitos desencadeados pelos trata-bromialgia, estando presente em cerca de 80% dosmentos de quimioterapia, que já provaram conseguir re-doentes. Para muitos doentes, a fadiga pode ser maisduzir a dor, na maior parte dos doentes com fibromial-incapacitante do que a dor. As perturbações do sono, asgia, em quem foram experimentados. O mais utilizadomanifestações psicológicas (depressão, ansiedade) e otem sido o tropisetron (NavobanR), que é administradodescondicionamento muscular, contribuem acentuada-por via intravenosa ou oral e pode ser uma solução tran-mente para a intensidade da fadiga. sitória nas crises muito agudas de fibromialgia, emboraA obtenção de um sono de melhor qualidade, a práticaa sua utilização seja ainda experimental.de exercício físico aeróbico e a utilização de técnicascognitivo-compartimentais, podem reduzir apreciavel-Que médico consultar? mente a intensidade da fadiga. As técnicas para melho-Como vimos, a fibromialgia não pode ser tratada isola-ria do sono foram já descritas atrás. O exercício físicodamente por um só médico, mas apenas por uma equipamelhora a força e destreza musculares e permite que asde técnicos de várias Especialidades, unidos pelo gostoactividades do quotidiano passem a ser desempenhadase pela competência nesta doença, abrangendo áreas tãocom menos cansaço. As diferentes tarefas a realizar, de-distintas quanto a das doenças ósseas, musculares earticulares, a área psicológica, psiquiátrica e neurológi-ca, a terapêutica física e o exercício, a área do sono, etc. Actualmente, é consensual que o médico assistente dodoente deve ter uma ampla experiência em doençassistémicas (aquelas que afectam simultâneamente váriosórgãos do corpo, como é o caso da fibromialgia), estarhabituado a diagnosticar e tratar eficazmente as doen-ças ósseas, musculares e articulares que, como vimos,são as principais desencadeadoras das crises da fibro-mialgia e que, além disso, esteja habituado a desenvol-ver pontes de colaboração com as outras Especialidadesa que é ocasionalmente necessário recorrer, para trataros doentes com esta afecção. Considera-se internacio-nalmente, que o Reumatologista reune as melhores con-dições para se assumir como o médico assistente dosdoentes com fibromialgia, até porque grande parte dainvestigação internacional nesta doença é feita em Cen-tros de Reumatologia e os novos conhecimentos e osavanços na terapêutica, são na sua grande maioria pu-blicados em revistas científicas de Reumatologia, queconstituem fontes de actualização e formação técnicados médicos desta Especialidade. O autor agradece a Aventis Pharma a autorização concedida para apublicação deste artigo, originalmente concebido para integrar a sec-ção de Educação do Doente do site oficial da Companhia (www.aven-tispharma.pt), onde pode ser realizado o seu «download».
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